Escrita por Ery Lopes
Clarice aprendeu com sua mãe as coisas essências sobre como cuidar do seu novo amiguinho. Todo dia, bem cedinho, ela ia até o quintal para regar o cantinho onde a flor havia sido plantada.
Enquanto aguava o chão, ela conversava:
— Bom dia, meu amiguinho! Aqui vai um pouco de água para você crescer forte e bonito, viu?
Passado alguns dias, Clarice percebeu um fiozinho verde brotar da terra e, muito feliz, foi correndo para contar a novidade a sua mãe.
— Mamãe, mamãe! Meu amiguinho está nascendo!
Desde então, ela acompanhou dia a dia o crescimento daquele talo verde, sempre conversando com a plantinha.
— Oi, amiguinho! Estou vendo que está ficando maior e mais forte a cada dia. Sua cor também está ficando mais bonita…
A mãe de Clarice via sua filhinha conversando com a planta e achava graça. Um dia desses, ela perguntou à menina:
— Você está conversando com a plantinha?
— Sim. Eu acho que ela gosta disso. — respondeu Clarice.
— Tudo bem. Mas não espere que ela converse com você, está certo?
A garotinha não gostou de ouvir aquilo. E achou mais estranho ainda que a mãe saiu cantando uma letra assim: "Queixa-me as rosas; mas que bobagem; as rosas não falam…"
É que, no fundo, a menininha tinha outro pensamento:
— A minha flor vai conversar comigo sim!