Lili nas Nuvens

Escrita por Ery Lopes

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Capítulo 4


O urubu assustador

 

Deitadas na cama e de olhos fechados, as duas meninas se imaginavam voando de carona numa borboleta gigante e colorida, rumo às nuvens.

Lila continuava dando as instruções:

— Pense na borboleta batendo as asas e nós subindo e subindo bem alto…

Lili interrompeu a irmã:

— E se um urubu assustador aparecer?

A mocinha então disse:

— Lili, se você pensar numa coisa, então essa coisa passa a existir na nossa imaginação. Agora, nós temos um problema: tem um urubu assustador vindo atrás de nós!

— E o que nós vamos fazer? — perguntou Lili, assustada.

— Agora temos que pensar em alguma coisa… — Lila falou assim e logo em seguida fez uma pausa, como que procurando uma solução. Pouco depois, completou — Temos que pensar o que urubu assustador quer com a gente.

— Acho que ele quer nos derrubar — disse a pequena.

— Sim, mas por que ele vai querer nos derrubar? — Lila queria que a sua irmãzinha inventasse alguma explicação para o ataque do urubu.

Lili teve uma ideia e a propôs:

— Talvez ele pense que nós vamos machucá-lo e aí ele veio nos derrubar para se defender.

— Muito bem… — Lila disse — Então precisamos dizer para o urubu que nós não vamos atacá-lo. Como podemos mandar uma mensagem para ele?

Foi a vez de Lili soltar a imaginação:

— Podemos levantar uma bandeira branca. Uma bandeira branca significa paz e não guerra.

Sua irmã ficou maravilhada com a sugestão.

— Isso mesmo, irmãzinha! Ótima ideia. Você acabou de criar uma bandeira branca. Pode acenar com ela para o urubu?

— Claro que sim! — Lili respondeu.

Lila continuou as instruções:

— Bem, você acenou com a bandeira branca e o urubu deve ter entendido que nós não queremos brigar. E que você quer que aconteça com o urubu?

— Que ele vá embora e nos deixe em paz — falou Lili.

A irmã maior então exclamou:

— Então veja que o urubu está partindo e nos deixando em paz. Podemos continuar com nosso voo. E nada de pensar em nenhum pássaro assustador nos perseguindo, certo?

— Certo, Lila! — Lili concordou.

E o voo imaginário continuava.

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