Escrita por Ery Lopes
Quando finalmente chegou o final da terceira semana, de manhã cedinho, tudo já estava pronto para dar partida na grande aventura. No porão da família prodígio, uma máquina teletransportadora novinha ocupava um lugar de destaque.
— Uau! Que incrível! — Messi exclamou, admirado com aquela caixa tecnológica.
Era uma cabine um pouco mais larga que uma geladeira, com uma porta frontal transparente, um motor na parte traseira, de onde saiam cabos que se conectavam a um computador, posto numa mesa ao lado.
— Estão prontas, crianças? — perguntou a mãe.
Elas responderam afirmativamente com entusiasmo.
Logo mais foi a vez do pai programador explicar o plano, ao mesmo tempo em que entregava a cada um dos filhos uma pulseira eletrônica:
— Olhem só: essas pulseiras sincronizadoras servem para ligar vocês ao teletransportador. Ela serve também como localizador, do tipo GPS, e telecomunicador. Ou seja, daqui, pelo nosso computador, nós teremos a exata localização de vocês, através dessas pulseiras. Onde quer que estejam, poderemos ouvir e falar com vocês e, quando chegar a hora certa, ativaremos o teletransporte para o próximo local que desejarem ir.
— Legal! — exaltou Melissa — É só acionar o comando e, zapt!, desaparecemos de um lugar e apareceremos em outro?
— Sim — o pai confirmou. — Mas não se desconectem da pulseira jamais, ok?
— Ok! — responderam os gêmeos.
Enquanto entregava a cada um dos filhos uma mochila, a mãe deu outras explicações:
— Os suprimentos de que precisam estão nessas mochilas. E lembrem-se de que os dispositivos consomem bastante energia e só têm duração de até oitenta minutos. Então, aproveitem bastante cada segundo da aventura.
— Pode deixar, mãe! — Melissa asseverou.
Outra vez, o pai tomou a palavra:
— Bem, tendo em vista a duração de oito horas, nós traçamos um roteiro básico, começando por uma rápida expedição no polo norte…
— Não continue, papai! — Messi interrompeu — Por favor, deixe o roteiro em segredo; a surpresa vai dar um sabor especial à nossa aventura.
— Você também prefere assim, Melissa?
— Sim, papai.
— Então tudo bem! — o pai concordou e então pais e filhos se abraçam carinhosamente.
A um comando do pai, pelo computador, a porta da máquina se abre e os dois jovens irmãos adentram a cabine. Acionada a ignição, uma forte luz vinda do topo da cabine envolveu Melissa e Messi enquanto suas pulseiras piscavam e emitiam um sinal de frequência no computador.
Em instantes, a cabine teletransportadora ficou vazia.